É impossível ser feliz sozinho

25 de setembro de 2011

Mudo.



Escuta o que sai da boca, aprende o que ver nos livros, mas não ler os olhos. Vagos e imóveis em um tempo, em um abraço não consumado que (con)some um coração parado. Bate rápido, não bate, não sei.

Seguro os seus cabelos, agarro-me em seu corpo, sufocando-o... Você não sabe ler os meus olhos, tão simples e negros como esta noite: eles não são nenhuma figura, mas dizem de mim o que a boca não diria...

Estes olhos que fecham perto dos seus; estes olhos que olham os seus; Os seus olhos junto aos meus; Os seus olhos que não lêem os meus.

22 de agosto de 2011


‘’ O seu caminho começa a ser trilhado.’’

Chego em casa cansada, as crianças correm pela sala... Meus olhos avermelhados e baixos, fruto dos dias de trabalho, necessitam de óculos. É, a idade chega pra todos, mas os meus filhos estão crescendo, eu estou vendo, é o que importa!

O menino fala com os olhos, basta isso para encher de graça um dia inteiro; a menina tem um sorriso leve e aos cinco anos, já recita poemas... São o meu orgulho! Ando mais um pouco e ele está lá. O homem que eu quis para compartilhar os meus dias, o homem que me escolheu. Ele parece não me ver, escreve... escreve... É assim diariamente, quando resolvo deixar de observá-lo, ele levanta e enche a minha face de beijos. Se ainda sou a deusa das cores? Não sei, mas os meus dias são coloridos.

A minha casa é grande e clara. Uma janela me faz ver que rabiscos tornaram-se uma grande história, as folhas em branco ganharam letras e vida: eu aprendi a fazer planos! Tanto que este presente descrito, não passa de um futuro desejado. 


21 de julho de 2011

Mais uma vez para você.

           
             
Olhos que passeiam por um mundo, o nosso mundo: ampliado diante da grandiosidade dos meus sentimentos; reduzido diante do espaço. Casais de mãos dadas do outro lado da rua são apenas casais. Nós dois de mãos dadas pela rua, somos figuras peregrinas, figuras apaixonadas, figuras de linguagem...
Invade, pulsa, corre no meu peito sentimentos desconhecidos que eu conheço tão bem. Há beijos coloridos? Não sei, mas sinto a cor de tudo... Sinestesicamente perdida: cheiros gostosos, olhos carinhosos, braços amigos... Somos os donos das cores, das confusões, dos sentidos e dos sabores.
As palavras fogem e o silêncio completa qualquer declaração. Eu sou pequenina, eu sei, não sei escrever o que sinto. Sinto-me tão confusa, não sei mais distinguir paixão de felicidade, é a mesma coisa, isso basta.

24 de junho de 2011

Perfeito: Impecável; sem defeitos; completo.


A dúvida aflige os corações humanos pelo menos uma vez na vida. Afinal, dois caminhos não podem ser percorridos por apenas um ser. É preciso renunciar!

Bate no peito sentimentos que a cabeça ignora. Pulsa, rasga, tortura... O sim e o não são melhores que o não sei.

Quero ficar, quero ir, quero que fique, não vá. Nesta vida o tempo é curto para viver um grande amor. E como medi-lo? Como saber se é amor?

As horas parecem passar rapidamente, o tempo escorre pelas mãos. Um casal feliz não diz que todos os dias são perfeitos. A perfeição é uma utopia quando se trata de felicidade.

Pulsa, rasga, tortura... Minha mente peregrina para por aqui, aposentou-se por hoje. Só um pensamento permanece, junto dele, a mais PERFEITA angústia.

 
 
 
 
 
Palavras de alguém que nnão sabe ter férias.

22 de junho de 2011

Meus braços pedem os seus, minha boca chama a sua para arder nessa chama... quente! Eu sou a despedida, quero olhá-lo pela última vez sempre; quero negar o meu olhar ao seu: muitas vezes o necessário são os olhos fechados, aquele momento em que a Iris esquece da cor.


Ah, espero que o sua frase de despedida não se torne real. ‘’Até nunca mais’’, agora significa ‘’até breve’’ ...

‘’Se for pra sempre que seja breve, que seja LEVE!’’

13 de junho de 2011

O sol não existe

Os sorrisos tornam-se lembranças, os abraços tornam-se ausência, o companheirismo torna-se fotos amareladas de sorrisos lembrados e abraços que não são mais dados.

O sol continua na escuridão dos dias sem brilho. Todo sorriso torto, todo olhar atravessado, todo coração sofrido sobrevive à infelicidade do tempo. Não vive! Acumula dias.

Com o tempo aprendemos que mesmo conquistando o nosso espaço, somos substituíveis. As pessoas são capazes de amar mesmo sem a nossa presença. A saudade torna-se tão esquecida quanto nós.

'' Até bem pouco tempo atrás poderíamos mudar o mundo, quem roubou nossa coragem?''    (Renato Russo)

22 de maio de 2011

Toc toc

Quando a saudade visita o peito, não é preciso que o lembrado esteja distante da possibilidade de estar perto. É necessário apenas que não esteja diante dos olhos no momento em que é saudado.

O corpo e os carinhos são constantes, a voz é ouvida diariamente, mas quando a falta atenta um coração, não é preciso ter havido ausência. Os dias parecem intermináveis, as minhas declarações são sofridas, são como cartas sem respostas. Se eu silenciar, talvez ouça alguma voz. Se eu deixar de implorar, talvez sinta o grito dos abraços que nesse instante se fazem saudade.

Sinto as lágrimas soluçantes que um coração traz, (eu sei) mas os olhos escondem. Em cada rosto há a sombra de um passado imutável. Lamento pelas partes de uma história em que eu não faço parte, pois gostaria de ter sido presente em toda a vida de um ser que nesse instante se faz saudade.

Estou diante da loucura, no centro de uma mão que talvez não me segure. E quando a saudade visita o peito, nada disso importa, eu só quero um ser. Ele e o seu silêncio....

13 de maio de 2011

Cresci! Não caibo mais na palma da mão de ninguém, escorreguei propositalmente pelos dedos, mas isso não quer dizer nada.
Há amores tão (e)ternos que não necessitam de rabiscos, nem  de construções: nasceram prontos, morrerão prontos. Não é preciso passar a limpo o belo texto do cotidiano. As linhas desta obra prima já estavam escritas  desde quando eu era apenas uma espera.

3 de maio de 2011

A.

E qual a graça de flutuar quando não se conhece a verdade? O chão, o duro chão é mesmo para ser pisado. A realidade cada vez mais me convence que moro no lugar certo. Eu gosto de um cheiro, de um nome, de alguém. Por quê? Isso eu não sei (agora entendo o não saber). Enterre das suas lembranças o alguém que andava de mãos dadas com ninguém, eu estou aqui. Por quê? isso eu também não sei.

30 de abril de 2011

'' Entre as coisas mais lindas que eu conheci, só reconheci suas cores belas quando te vi. Entre as coisas bem-vindas que já recebi, eu reconheci minhas cores nela, então eu me vi.'' (Nando Reis)
                                                                                                                  

A saudade do que não tive angustia mais do que um passado sem volta. Falta sempre um carinho, falta tempo, faltam palavras. É preciso fatos para construção de um romance, é preciso romance para a construção da nossa torre. Quantos corações passam por sua casa? Ou quantas casas compõem seu coração? Não sei. Habito (?) um mistério, e o que importa? ‘’Agora que tudo está exposto a máscara e o rosto trocam de lugar.’’ Aceito-o. Prendo-me em braços que me abraçam desprendendo-me de laços que me sufocam. Aceito-o: menino como és, simples e especialmente humano.

O idealizável morre a cada dia, só agora piso no chão de onde moro. Reconhecer os erros necessita de compreensão, reconhecer um rosto necessita de conhecimento. Bom ou ruim não mudam, eu prefiro o real: ‘’ e hoje em dia, como é que se diz eu te amo?’’ Sete cores! Uma para cada manhã, uma casa para duas vidas, vamos fazer um filme real?

Os seus olhos de ler código de barra, decifra as palavras que eu não digo, estão escritas na minha testa e mais ninguém as ler: sinto o inominável !

E quem diria que um encontro marcado me traria um gosto, um rosto, uma morada? Minha alma é livre e o meu coração é nosso:‘’Se carece de definição me sinto leve’’.
   

                                     

''Gosto de ti apaixonadamente,



De ti que és a vitória, a salvação,


De ti que me trouxeste pela mão


Até ao brilho desta chama quente.






A tua linda voz de água corrente


Ensinou-me a cantar... e essa canção


Foi ritmo nos meus versos de paixão,


Foi graça no meu peito de descrente.






Bordão a amparar minha cegueira,


Da noite negra o mágico farol,


Cravos rubros a arder numa fogueira.






E eu, que era neste mundo uma vencida,


Ergo a cabeça ao alto, encaro o Sol!


- Águia real, apontas-me a subida!''

                                         (Florbela Espamca)

25 de abril de 2011

Devaneio

É na noite que tudo acontece. Ouço o barulho dos insetos e tenho medo: um coração angustiado quer apenas uma desculpa. Fecham-se as luzes e os olhos, torno-me amante da noite, companheira das palavras vagas, palavras soltas e esquecíveis.


Sinto- me uma mente cigana, e na escuridão os meus pensamentos tornam-se peregrinos. Busco os que estão longe, viajo para outro tempo, outros lugares...


As noites são como pequenas vidas, e o sono é a morte desta. Devo morrer por hoje. Cansei-me de tentar decifrar a imaginação alheia; doar vida a uma sacola;  temer a um cão pensando ser um homem; dar passos ao vento... Ah, insônia maldita! Na escuridão tudo acontece e barulhos minúsculos parecem acabar com esta pequena vida. ( Vou enfim, dormir).

Augusto Jr.

             As mãos quentes, os abraços sinceros, deram espaço a uma frieza: um corpo sem aquela alma que eu tanto amava...






Não cabe a nós o poder de julgar se este homem foi bom ou ruim, se pecou ou deixou de pecar. Assim como todos, ele foi amado e amou, sorriu e chorou... Ele não foi perfeito, e quem é?

Hipocrisia é uma palavra forte para julgar a dor daqueles que reconhecem os erros, mas sentem a dor de ter perdido um ser amado. E na mente humana passa coisas que nós sequer imaginamos, se eu pudesse dizer adeus, diria: Até nos seus erros você foi correto, pois é de nós, seres humanos errar.  Você ? um homem-menino, e os meus braços, mais jovens, sentiam-se velhos ao acolhê-lo, sentirei falta das madrugadas em que conversávamos, e lembrarei sempre que pude ser útil, e tive a honra de ser chamada de confidente. Minha mãe me disse, que você a mandava olhar pelo anjo que tinha em casa, e tão carinhosamente chamava-me ''de minha anja''. Ah, querido primo, hoje você se torna o meu anjo!



''Uma pessoa de origem simples, que soube dar a volta por cima, estudando e trabalhando duro. Carente de afeto, mas com um CORAÇÃO MAIOR que ele. Tanto, que o matou!



Não era perfeito. Mas, ninguém é... '' ( Gouveia Neto)



Amar é acima de tudo reconhecer. A origem era simples, é verdade, mas o ser era complexo, tanto que para uns, era um homem impecável (não só porque morreu), para outros, estava irreconhecível. Como eu disse no início, amar é reconhecer. Reconhecer os erros, os acertos, as verdades, mas acima de tudo enxergar um coração, um coração grande, ''tanto, que o matou!''



''Perdi um primo, um irmão, um amigo, um companheiro, perdi um eterno padrinho. Escrevo meus amigos, estas singelas palavras com lágrimas descendo em meu rosto, por que hoje descobri a dor que sente um órfão.’’ (Arlis Barros)



Os que julgam alguém que não pode mais defender-se, não sabem quem era o primo, o irmão, o companheiro que perdemos. Em pensar que a sua voz ainda é firme em meus ouvidos, em pensar que nunca mais terei o prazer de vê-lo, em pensar que era tão jovem, é uma dor indescritível. Gostava de café com muito açúcar; pães do dia anterior; ir à praia no escuro; era forte, um dos homens mais firmes que conheci, mas sabia ser doce como um menino; os olhos tristes eram confundidos, mal interpretados... Este foi o Júnior que conheci, este foi quem deixou vários órfãos, este é quem me fará falta. Voa ''pássaro de fogo''...

4 de março de 2011

Mensagem

Vagarosamente da escuridão fizeram-se as cores. E o que era um preenchimento de currículo, um estágio, talvez, virou um trabalho fixo. Leves sorrisos levam os meus dias. Hoje já foi amanhã, e o amanhã transforma-se em um hoje colorido. ‘’Vamos fazer um filme’’ com cenas na grama, com crianças correndo, com cheiros gostosos e com beijos arrepiantes? ...


Tu eras um proprietário descrente, dono de uma casa aparentemente sem conserto. ‘’E eu, que era neste mundo uma vencida, ergo a cabeça ao alto, encaro o sol’’, os lírios do jardim estão crescendo, eu os banho diariamente... Perceba, a água que restou no chão forma um arco-íris, Íris. Ganhei um teto, a mendiga virou deusa. Sou a menina dos olhos que trouxe a cor castanha aos seus, e mais sete cores aos seus dias. Flores, arcos, olhos... ‘’ Eu quero estar com você em uma torre que tenha espaço para vermos o sol, eu quero que sejas só minha. ’’ Dia após dia construímos essa torre:

- Provavelmente, quer que me sinta inebriado, drogado, enganado. Os deuses são astutos. Sinto-me cada vez mais preso em arcos e arcos a minha volta e, cada vez que vem trazer alguma mensagem, fico tonto de tanto olhar para as cores.

O meu medo fascinante tornou-se coragem. Você é de fato um livro gostoso de ler; uma torre a ser construída; uma casa aconchegante; um proprietário carinhoso; uma metáfora que me deixa sinestesicamente envolvida... A Íris aos poucos o ajudará a não ficar tonto. Esta é a mensagem da vez.

23 de fevereiro de 2011

Uma caminhada escura na claridade não nos leva a lugar nenhum. Cegos que enxergam sorrisos não sabem o que se passa no silêncio de cada quarto.


Aos cardíacos de amor, lamento declarar: irão morrer. Aos que não alcançam as causas alheias, digo: cada caso é uma história e não há causas impossíveis, mas sim pessoas que não querem alcançá-las. Os que riem de graça e estão sempre alegres, um dia choraram, ou choram. Enganam-nos, mas não se enganam.

Passos lentos são dados na escada que é a vida. Há os que sobem, há os que descem e, há ainda os que param. Prisioneiros de um jogo sem vitoriosos, um jogo finito, um jogo na escada. Amor e dor andam juntos em muitos poemas. Os que sobem, amam e sofrem tanto quanto os que descem, porém são mais otimistas. Os que pararam, vivem dias sem rimas, sem amor ou dor, sem pessimismo ou otimismo, sem tristeza ou alegria, não vivem.

15 de fevereiro de 2011

Seis anos

É um passado-presente. Está próxima a distância dos corações ainda unidos. Os anos passam, nós mudamos, e hoje, caminhar na chuva não teria a mesma graça. Escrevo cartas para o tempo, peço que pare, peço que volte, e ele nada responde. ‘’Meninas são tão mulheres’’, somos três estrelas, as três Marias! Engraçado, alguns dizem que tais estrelas juntas parecem formar um coração...

Somos prosopopéias: a razão, a emoção e a loucura ( lamento ser a última), mas cada uma são as três, e as três são apenas uma. A distância é inevitável, mas somos amigas, e ela não nos separa inteiramente.




‘’Arrancar meus amigos de mim é como fazer parte de minha vida perder o sentido. É acordar e não saber o que fazer. É querer escrever uma história sem personagens. Não, minha vida não serve de monólogo.’’ (Tamy Dias)

‘’ Não é a distância, ou as poucas vezes que temos nos visto que vai mudar o que sinto. Somos nós três pra sempre, até que a morte nos separe.’’ (Camilla Cid)

‘’ Sinto falta de conversar com alguém que entenda a minha língua.’’ (Tamyle Dias)

‘’ Desmoronei várias e várias vezes e tive ali o meu porto para novamente erguer-me. Prometia não repetir os mal feitos. Promessas não cumpridas. Depois de tantas idas e vindas via o farol do meu porto apagar-se, mas sempre restava uma faísca luminosa...’’ (Camilla Cid)
  

O nosso ‘’encontro marcado’’ foi adiado, talvez para uma data sem dia, um dia que passou. Eu continuo aqui. Mesmo sem vê-las não deixo de acreditar que ‘’o mundo começa agora, apenas começamos’’. É só fechar os olhos, lembrar das cores, não preciso ser daltônica, basta misturar tudo. Vermelho com branco dará um róseo legal. (lembrem-se disso).













































31 de janeiro de 2011

A casa III

Janelas abertas, ‘’deixa o sol bater na cara’’, paredes claras que iluminam até as noites escuras. Nem era tão pequena como eu havia pensado, na verdade, é um bom investimento...



Pela manhã, jogo água nas rosas do jardim, converso com cada cômodo como quem cuida de um filho. Quando o sol se esconde, e a noite chega, convoco o sono com felicidade, pois sei que um novo dia virá. A cada momento que passa conheço-a melhor, sinto-me mais confortável. É bem verdade que ainda há algumas falhas, mas a minha boa vontade de consertar é maior. Ah, como eu queria passar um tempo nesta casa.





Declaração: Para você que tem as cores necessárias, embora diga o contrário. Não importa quem tem as cores desde que cada momento ao seu lado seja como um arco-íris; para você que não sabe falar dos sentimentos com a boca, mas com o olhar; para você que confunde os meus sentidos, o meu sentir e me deixa sinestesicamente envolvida; para você que tornou-se uma metáfora conhecida é que faço os meus textos apaixonados. Permaneça nos meus pensamentos felizes, e assim terei motivos para ‘’confessar, sem medo de mentir que em você, encontrei inspiração para escrever.’’

6 de janeiro de 2011

Zelo, inveja,  ódio  por um conhecido ou desconhecido, por um passado, suposto presente ou futuro, quem sabe?
Ciumento: é o nome que dá ao que se julga derrotado sem ao menos ter competido. Achamos o que perdemos, o que não tivemos, o que pensávamos que jamais encontraríamos, e assim achar é certo. Porém, o que faz supor o provável ou o improvável só nos faz mal. Achamos o existente e o inexistente. Um nó instala-se na garganta,viramos detetives, curiosos, invasores até... Achar então é errado (neste caso, nem São Longuinho ajuda).
A vingança certa é molhada, salgada... é o grito silencioso que mata e cala os falantes sem voz: sentimentos confusos!

3 de janeiro de 2011

Um.

O primeiro passo, a primeira palavra, o primeiro dia na escola... O primeiro amor, o primeiro beijo, a primeira decepção, o primeiro erro... Tudo tem a sua primeira vez...


Meia noite, estava se iniciando o ano de 2011, os seus braços foram os primeiros a se encontrarem com os meus, ‘’Feliz ano novo’’ dissemos, e logo após afirmamos que nada tem de novo na vida, é apenas um ano que começa. As oportunidades de mudança, as chances de fazermos tudo melhorar são as mesmas. A felicidade não está na passagem dos meses, na passagem dos anos, ela não está em canto algum e está em todo lugar, pode jamais acontecer, pode acontecer por minutos ou por uma vida inteira, mas não depende de um ano que começa. Tantos instantes felizes ainda podem existir, tantos primeiros beijos, primeiros encontros... infinitas causas, finitos momentos!

Todas as sensações possuem nomes conhecidos: amor, ódio, ilusão, saudade... Defina-os! E ainda há quem diga que por já ter vivido determinadas coisas, está preparado o suficiente caso elas aconteçam novamente. Não, não está! Os nomes são os mesmos, os sentimentos não. Ninguém nos decepciona da mesma forma, ninguém ama da mesma forma, ninguém ilude da mesma forma... Ninguém, alguém, o primeiro... Há sempre algo novo e diferente para acontecer. Podemos viver os mesmos sentimentos cem vezes, e ainda assim será a primeira vez.