É impossível ser feliz sozinho

30 de abril de 2011

'' Entre as coisas mais lindas que eu conheci, só reconheci suas cores belas quando te vi. Entre as coisas bem-vindas que já recebi, eu reconheci minhas cores nela, então eu me vi.'' (Nando Reis)
                                                                                                                  

A saudade do que não tive angustia mais do que um passado sem volta. Falta sempre um carinho, falta tempo, faltam palavras. É preciso fatos para construção de um romance, é preciso romance para a construção da nossa torre. Quantos corações passam por sua casa? Ou quantas casas compõem seu coração? Não sei. Habito (?) um mistério, e o que importa? ‘’Agora que tudo está exposto a máscara e o rosto trocam de lugar.’’ Aceito-o. Prendo-me em braços que me abraçam desprendendo-me de laços que me sufocam. Aceito-o: menino como és, simples e especialmente humano.

O idealizável morre a cada dia, só agora piso no chão de onde moro. Reconhecer os erros necessita de compreensão, reconhecer um rosto necessita de conhecimento. Bom ou ruim não mudam, eu prefiro o real: ‘’ e hoje em dia, como é que se diz eu te amo?’’ Sete cores! Uma para cada manhã, uma casa para duas vidas, vamos fazer um filme real?

Os seus olhos de ler código de barra, decifra as palavras que eu não digo, estão escritas na minha testa e mais ninguém as ler: sinto o inominável !

E quem diria que um encontro marcado me traria um gosto, um rosto, uma morada? Minha alma é livre e o meu coração é nosso:‘’Se carece de definição me sinto leve’’.
   

                                     

''Gosto de ti apaixonadamente,



De ti que és a vitória, a salvação,


De ti que me trouxeste pela mão


Até ao brilho desta chama quente.






A tua linda voz de água corrente


Ensinou-me a cantar... e essa canção


Foi ritmo nos meus versos de paixão,


Foi graça no meu peito de descrente.






Bordão a amparar minha cegueira,


Da noite negra o mágico farol,


Cravos rubros a arder numa fogueira.






E eu, que era neste mundo uma vencida,


Ergo a cabeça ao alto, encaro o Sol!


- Águia real, apontas-me a subida!''

                                         (Florbela Espamca)

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