É impossível ser feliz sozinho

9 de maio de 2010

Mãe,

Qualquer palavra é pequena para expressar o tamanho do meu amor. Eu não sou mais aquela menina que cantava ‘’Eu tenho tanto pra te falar, mas com palavras não sei dizer... ‘’ nas apresentações escolares, ainda bem, hoje eu canto só pra você...
Lembra mãe, quando eu chorava porque não queria morrer? E ficava lamentando o fato de todos terem que partir, eu devia ter uns três anos de idade, mas não esqueço que um dia, você sentou-me em uma cadeira, olhou nos meus olhos e disse:
‘’Meu amor, todo mundo precisa partir, quem não morre fica pra semente... Você quer virar sementinha? Não né? Pois é, quando a gente morrer vai ser igual ao pessoal daquela novela (A viajem, era novela), vai ter muitas flores, anjos e nós vamos ficar em paz, vou poder cuidar de você pra sempre. ’’
Senti-me mais calma, conformada, eu não queria virar semente, então preferi acreditar que iríamos sim, ficar juntas pra sempre. Naquela época, você era minha mãe, aquela que protegia, dava bronca quando necessário, atendia aos meus chamados noturnos ‘’ mãe, vem me bucá, quero mimi com você’’, era a única que acreditava que eu sentia dor de barriga todos os dias, e a última que descobriu que na verdade eu era viciada em buscopan (risos), era quem me ajudava a escrever cartas ao papai Noel, enfim, era minha mãe, apenas.
O tempo passou e você agora também é minha amiga, minha confidente e parceira. Que bom tê-la ao meu lado todos os dias, que bom que você existe e vai cuidar de mim pra sempre...
Ontem, hoje e sempre, eu amo você!

Minha linda: