É impossível ser feliz sozinho

31 de janeiro de 2011

A casa III

Janelas abertas, ‘’deixa o sol bater na cara’’, paredes claras que iluminam até as noites escuras. Nem era tão pequena como eu havia pensado, na verdade, é um bom investimento...



Pela manhã, jogo água nas rosas do jardim, converso com cada cômodo como quem cuida de um filho. Quando o sol se esconde, e a noite chega, convoco o sono com felicidade, pois sei que um novo dia virá. A cada momento que passa conheço-a melhor, sinto-me mais confortável. É bem verdade que ainda há algumas falhas, mas a minha boa vontade de consertar é maior. Ah, como eu queria passar um tempo nesta casa.





Declaração: Para você que tem as cores necessárias, embora diga o contrário. Não importa quem tem as cores desde que cada momento ao seu lado seja como um arco-íris; para você que não sabe falar dos sentimentos com a boca, mas com o olhar; para você que confunde os meus sentidos, o meu sentir e me deixa sinestesicamente envolvida; para você que tornou-se uma metáfora conhecida é que faço os meus textos apaixonados. Permaneça nos meus pensamentos felizes, e assim terei motivos para ‘’confessar, sem medo de mentir que em você, encontrei inspiração para escrever.’’

6 de janeiro de 2011

Zelo, inveja,  ódio  por um conhecido ou desconhecido, por um passado, suposto presente ou futuro, quem sabe?
Ciumento: é o nome que dá ao que se julga derrotado sem ao menos ter competido. Achamos o que perdemos, o que não tivemos, o que pensávamos que jamais encontraríamos, e assim achar é certo. Porém, o que faz supor o provável ou o improvável só nos faz mal. Achamos o existente e o inexistente. Um nó instala-se na garganta,viramos detetives, curiosos, invasores até... Achar então é errado (neste caso, nem São Longuinho ajuda).
A vingança certa é molhada, salgada... é o grito silencioso que mata e cala os falantes sem voz: sentimentos confusos!

3 de janeiro de 2011

Um.

O primeiro passo, a primeira palavra, o primeiro dia na escola... O primeiro amor, o primeiro beijo, a primeira decepção, o primeiro erro... Tudo tem a sua primeira vez...


Meia noite, estava se iniciando o ano de 2011, os seus braços foram os primeiros a se encontrarem com os meus, ‘’Feliz ano novo’’ dissemos, e logo após afirmamos que nada tem de novo na vida, é apenas um ano que começa. As oportunidades de mudança, as chances de fazermos tudo melhorar são as mesmas. A felicidade não está na passagem dos meses, na passagem dos anos, ela não está em canto algum e está em todo lugar, pode jamais acontecer, pode acontecer por minutos ou por uma vida inteira, mas não depende de um ano que começa. Tantos instantes felizes ainda podem existir, tantos primeiros beijos, primeiros encontros... infinitas causas, finitos momentos!

Todas as sensações possuem nomes conhecidos: amor, ódio, ilusão, saudade... Defina-os! E ainda há quem diga que por já ter vivido determinadas coisas, está preparado o suficiente caso elas aconteçam novamente. Não, não está! Os nomes são os mesmos, os sentimentos não. Ninguém nos decepciona da mesma forma, ninguém ama da mesma forma, ninguém ilude da mesma forma... Ninguém, alguém, o primeiro... Há sempre algo novo e diferente para acontecer. Podemos viver os mesmos sentimentos cem vezes, e ainda assim será a primeira vez.