É impossível ser feliz sozinho

23 de fevereiro de 2011

Uma caminhada escura na claridade não nos leva a lugar nenhum. Cegos que enxergam sorrisos não sabem o que se passa no silêncio de cada quarto.


Aos cardíacos de amor, lamento declarar: irão morrer. Aos que não alcançam as causas alheias, digo: cada caso é uma história e não há causas impossíveis, mas sim pessoas que não querem alcançá-las. Os que riem de graça e estão sempre alegres, um dia choraram, ou choram. Enganam-nos, mas não se enganam.

Passos lentos são dados na escada que é a vida. Há os que sobem, há os que descem e, há ainda os que param. Prisioneiros de um jogo sem vitoriosos, um jogo finito, um jogo na escada. Amor e dor andam juntos em muitos poemas. Os que sobem, amam e sofrem tanto quanto os que descem, porém são mais otimistas. Os que pararam, vivem dias sem rimas, sem amor ou dor, sem pessimismo ou otimismo, sem tristeza ou alegria, não vivem.

15 de fevereiro de 2011

Seis anos

É um passado-presente. Está próxima a distância dos corações ainda unidos. Os anos passam, nós mudamos, e hoje, caminhar na chuva não teria a mesma graça. Escrevo cartas para o tempo, peço que pare, peço que volte, e ele nada responde. ‘’Meninas são tão mulheres’’, somos três estrelas, as três Marias! Engraçado, alguns dizem que tais estrelas juntas parecem formar um coração...

Somos prosopopéias: a razão, a emoção e a loucura ( lamento ser a última), mas cada uma são as três, e as três são apenas uma. A distância é inevitável, mas somos amigas, e ela não nos separa inteiramente.




‘’Arrancar meus amigos de mim é como fazer parte de minha vida perder o sentido. É acordar e não saber o que fazer. É querer escrever uma história sem personagens. Não, minha vida não serve de monólogo.’’ (Tamy Dias)

‘’ Não é a distância, ou as poucas vezes que temos nos visto que vai mudar o que sinto. Somos nós três pra sempre, até que a morte nos separe.’’ (Camilla Cid)

‘’ Sinto falta de conversar com alguém que entenda a minha língua.’’ (Tamyle Dias)

‘’ Desmoronei várias e várias vezes e tive ali o meu porto para novamente erguer-me. Prometia não repetir os mal feitos. Promessas não cumpridas. Depois de tantas idas e vindas via o farol do meu porto apagar-se, mas sempre restava uma faísca luminosa...’’ (Camilla Cid)
  

O nosso ‘’encontro marcado’’ foi adiado, talvez para uma data sem dia, um dia que passou. Eu continuo aqui. Mesmo sem vê-las não deixo de acreditar que ‘’o mundo começa agora, apenas começamos’’. É só fechar os olhos, lembrar das cores, não preciso ser daltônica, basta misturar tudo. Vermelho com branco dará um róseo legal. (lembrem-se disso).