É impossível ser feliz sozinho

23 de fevereiro de 2011

Uma caminhada escura na claridade não nos leva a lugar nenhum. Cegos que enxergam sorrisos não sabem o que se passa no silêncio de cada quarto.


Aos cardíacos de amor, lamento declarar: irão morrer. Aos que não alcançam as causas alheias, digo: cada caso é uma história e não há causas impossíveis, mas sim pessoas que não querem alcançá-las. Os que riem de graça e estão sempre alegres, um dia choraram, ou choram. Enganam-nos, mas não se enganam.

Passos lentos são dados na escada que é a vida. Há os que sobem, há os que descem e, há ainda os que param. Prisioneiros de um jogo sem vitoriosos, um jogo finito, um jogo na escada. Amor e dor andam juntos em muitos poemas. Os que sobem, amam e sofrem tanto quanto os que descem, porém são mais otimistas. Os que pararam, vivem dias sem rimas, sem amor ou dor, sem pessimismo ou otimismo, sem tristeza ou alegria, não vivem.

5 comentários:

  1. Querida cardíaca de amor, todos morrem um dia mesmo sem ter um coração frágil.

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  2. Não há causas impossíveis é...



    Somente braços abertos recebem abraços,
    Somente mãos abertas recebem presentes,
    Somente mentes abertas recebem sabedoria.

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  3. Quando alguém nos procura, teoricamente (pelo menos) está disposto a receber ajuda. Desistir de alguém é mais simples que desistir de um sonho, por mais impossível que ele possa parecer, mas não é por considerarmos as causas alheias inalcançáveis que elas deixarão de existir. Causas perdidas serão sempre causas, e tudo que se perde pode um dia ser encontrado.

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  4. "Tudo bem,
    até pode ser que os dragões sejam moinhos de vento
    Tudo bem, seja o que for
    seja por amor às causas perdidas
    (...)
    Muito prazer ao seu dispor,
    se for por amor
    às causas perdidas..."



    Como não lembrar, não é?
    Talvez eu veja e você não saiba e eu nem sei.
    Se "pensar é estar doente dos olhos", acho que ver é padecer do sentir.
    Não sei de onde você tira a diferença dos seus "riscos" (termo seu) para os meus rabiscos. Acho que muda só a cor do que é escrito(ou de quem escreve).
    Das palavras minhas que você toma como nossas, eu lembro de uma metáfora que eu usava nas aulas de violão:
    duas cordas não afinadas na mesma frequência não precisam se tocar fisicamente para tocar sonoramente juntas. Quando uma é tocada, a outra na mesma frequência vibra sozinha. Mesmo paralelas elas se encontram no infinito que é a música.(Acho que os meus alunos odiavam o lado poético da aula em concorrência com a parte técnica-teórica, mas não havia forma de me ser de outro jeito).


    "E tudo que se perde pode um dia ser encontrado..."

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