É impossível ser feliz sozinho

17 de fevereiro de 2012

" Até nunca mais."

Comparava pessoas com casas, e o chão de onde eu morava não poderia ser pisado: “Eu me sinto flutuar”, quem morou em um coração não pode se dar ao luxo de caminhar como os outros mortais.

Com o tempo, passamos a nos odiar abertamente, verbalmente, repetidamente! Não queríamos mais os sete dias, as sete cores... Nos tornamos fantasia, um jogo de mentiras, e acreditando que o “pra sempre, sempre acaba”, enganamos o ódio e a eternidade.

O tempo não manda em nós, e nem sabe que “Eu odeio você” quer dizer que eu o amo e que “Até nunca mais”, é apenas “Até breve”.

17 de janeiro de 2012

Mudanças

A felicidade é tão simples que não pede palavras: cabeça lotada, sorriso no rosto, milhões de tarefas, basta. Embora o meu vocabulário esteja escasso, diversos sentimentos estão presos dentro de mim... Querem pular, querem saltar, querem ser reconhecidos, mas as emoções que eu guardo não cabem em uma folha, nem podem ficar presas em uma gaveta esquecida.

Somente a saudade de uma juventude ainda presente preenche pastas, gavetas e um guarda-roupa que na verdade guarda cartas. Estou velha demais para ser jovem e eu não sei que mal há nisso.  Troco mil telefonemas por uma carta, um abraço por mil sorrisos, mil dias por um segredo.  Tomar banho de chuva no caminho de casa, comer jujuba na calçada da escola, ter uma árvore, faz parte de um passado que não saiu da minha mente, mas saiu de mim.

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, com o tempo a nossa voz muda junto com os nossos hábitos, os nossos planos mudam de acordo com as nossas tarefas, adquirimos novas qualidades e uma nova forma de ver o mundo. O que foi motivo de busca, virou lembrança ou lamento, mudam-se as buscas. A felicidade depende da fase em que estamos; uma vida feliz depende das realizações que tivemos... Não posso deixar de acreditar nas cores do mundo, mas posso e mudo as cores do meu mundo.

25 de setembro de 2011

Mudo.



Escuta o que sai da boca, aprende o que ver nos livros, mas não ler os olhos. Vagos e imóveis em um tempo, em um abraço não consumado que (con)some um coração parado. Bate rápido, não bate, não sei.

Seguro os seus cabelos, agarro-me em seu corpo, sufocando-o... Você não sabe ler os meus olhos, tão simples e negros como esta noite: eles não são nenhuma figura, mas dizem de mim o que a boca não diria...

Estes olhos que fecham perto dos seus; estes olhos que olham os seus; Os seus olhos junto aos meus; Os seus olhos que não lêem os meus.